Eventos sociais, museus e feiras corporativas estão liberados a partir de 17 de agosto em SP; shows em pé e torcidas voltam em 1º de novembro
Não haverá mais restrição de público. Segundo a gestão Doria, a liberação está condicionada ao respeito dos protocolos de higiene e ao compromisso de que os eventos não gerem aglomerações.
O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (4) que, a partir de 17 de agosto, eventos sociais, museus e feiras corporativas, com controle de público, estarão liberados no estado, desde que não gerem aglomerações e que sigam os protocolos de saúde e higiene. Nessa data, cairá a restrição de horário e de público.
Não houve detalhamento sobre qual tipo de evento social estará liberado.
“O grande salto do dia 17 de agosto é a retirada da restrição de horário, porque isso vai permitir que restaurantes funcionem, que eventos sociais sejam planejados, que as pessoas possam celebrar, que os donos desses tipos de estabelecimentos possam ter planejamento de seus negócios, mas com segurança”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.
Shows com público em pé, torcidas e pistas de danças continuam proibidos até 1º de novembro, quando 90% dos adultos devem ter sido completamente vacinados. Nesta data, segundo o governo, todos os eventos estarão liberados no estado.
“Os eventos passam a ser permitidos em um modelo onde não há restrição de ocupação , mas permanece a restrição de distanciamento. Então, o cálculo de ocupação precisa ser realizado, porque não pode haver aglomeração, e as pessoas precisam estar distanciadas. O uso de máscaras permanece”, disse Patrícia Ellen.
“Todos os eventos que geram aglomerações não estão liberados, ou mesmo risco de aglomerações”, completou a secretária.
Os protocolos estabelecidos pelo governo paulista para o funcionamento desses eventos são:
- Uso obrigatório de máscara em qualquer ambiente;
- Distanciamento de 1 metro e veto de aglomerações de qualquer natureza;
- Respeito aos protocolos de higiene;
- 100% da população adulta com acesso à 1ª dose da vacina.
Jamal Suleiman, médico infectologista do Instituto Emílio Ribas, destacou em entrevista à TV Globo a importância de manter o distanciamento mesmo em locais como restaurantes e bares. “Em restaurantes, bares, não tem como você comer de mascara, né? Mas você pode intercalar o uso da máscara, enquanto você não estiver comendo, você pode estar de máscara. Não é preciso aglomerar nesses lugares, dá para você ficar num distanciamento.”
E emendou: “Se você tem dúvida, não vá. A forma mais segura de você, principalmente você que não recebeu as duas doses do imunizante, a forma mais segura de não se expor é não indo, então se você pode esperar, não precisa ir porque foi autorizado a flexibilização. Você pode e deve continuar mantendo esses cuidados”.
A microbiologista Natalia Pasternak destacou, em entrevista à TV Globo, que há ainda um caminho a perseguir mesmo com o avanço da cobertura vacinal. “A nossa vacinação está caminhando bem, mas ainda tem um longo caminho para perseguir. E durante esse caminho é preciso observar também as medidas preventivas. Tudo é necessário para que junto com a vacinação se consiga mitigar a pandemia.”
Avanço de casos na capital
O número de casos de Covid-19 teve um leve aumento na última semana na cidade de São Paulo e acendeu um alerta para as autoridades de saúde sobre um possível efeito da circulação da variante delta do coronavírus.
As mortes e internações continuam em queda, mas os novos casos foram de 9.688 confirmados na semana de 25 a 31 de julho, contra 9.512 casos na semana anterior, de 18 a 24 de julho, o que a prefeitura considera estabilidade.
Segundo o secretário da Saúde, Edson Aparecido, este leve aumento no número de casos notificados na última semana epidemiológica pode ser reflexo da variante delta ou da maior circulação de outros vírus respiratórios durante a frente fria.
O avanço da variante delta pelo mundo já provocou o endurecimento das restrições sanitárias em diversos países. No estado de São Paulo, no entanto, foram anunciadas novas flexibilizações das regras nesta quarta-feira (4).
Segundo documentos dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a variante Delta do coronavírus é tão contagiosa quanto a catapora, e provavelmente provoca sintomas mais sérios do que as variantes anteriores.